Os media e os estereótipos
A cobertura jornalística do caso do assassinato (sim, porque é de um assassinato que se trata por mais que se tente escamotear a verdade) de um homem no Porto por um grupo de adolescentes tem sido, de uma forma geral, vergonhosa. Para além da vida da vítima ter sido mais do que devassada, o protagonista da notícia é sempre um "toxicodependente" ou um "travesti". Ora, em boa verdade, que contribuem estes factos para aquilo é que realmente a notícia?! É um ser humano que foi (brutalmente) assassinado. Os rótulos (que têm sido sempre apresentados de forma depreciativa) começam a banalizar a violência. Quase a consenti-la. A vítima era um sem-abrigo que vivia nas ruas do Porto. Esta informação não chega? Mais do que saber quem era a vítima, é importante perceber como e porque é que este crime horrendo aconteceu. Por outro lado, se é importante perceber o contexto da vítima, talvez seja porque este é o móbil do crime. Se assim é, este crime ainda mais hediondo é. Se é que isso é possível.
A propósito da brutalidade, essa fronteira que nos separa dos animais. Ou não
Vale a pena ler "São crianças, senhores", de Helena Matos no Público deste sábado.
Atrium muda de casa
Agora está aqui.
10.2.06
A quem serve...
... a escalada da violência por causa dos cartoons de Maomé? À grande maioria dos líderes árabes e ocidentais. E aos oportunistas do costume: os radicais fundamentalistas. Árabes e ocidentais.
A liberdade de expressão serve para isto
[Adenda: a capa do Independente mudou. Ainda assim, parece-nos que este post se vai manter actual...]
Para publicar coisas como estas, mesmo que numa perspectiva de "nós e eles", mesmo que vá mais além. É criticável (mas vindo do Indy...), mas a liberdade de expressão serve para isto mesmo. Para termos ideias diferentes e a oportunidade de as defender. De forma saudável. Por mais que nos irrite. Por mais que nos ofenda. Claro que os direitos e garantias de cada um não deixam de existir. É para isso que existem as leis. E os tribunais.
A espontaneidade
Protestos violentos contra "cartoons" foram coordenados em Dezembro (via Público)
9.2.06
AEIOU chega [finalmente] à blogosfera
Aeiou compra Weblog.com.pt
6.2.06
Liberdade de expressão
SupportDenmark.com, o bom senso e a tradição da liberdade de expressão na Europa.
(dica de Esboços do dia a dia)
5.2.06
Os cartoons da discórdia
Já não há paciência para as opiniões politicamente correctas de que os cartoons sobre Maomé servem para incentivar o ódio aos muçulmanos. Não servem e ponto final. Na Dinamarca e por toda a Europa existe liberdade de expressão (ou pelo menos queremos todos acreditar que assim é). E foi nesse contexto que foram desenhados os cartoons e, mais tarde, publicados por toda a Europa. Quando começamos a entrar todos no fanatismo, corremos o risco de ter cidadãos por todo o mundo a incendiar embaixadas por tudo quanto é sítio. Basta que numa qualquer manifestação seja queimada uma bandeira qualquer... A isto chama-se fanatismo. É a lógica do "olho por olho, dente por dente". E quando mudamos a nossa forma de estar para supostamente não chocar com a cultura dos outros, a única coisa que estamos a fazer é mudar a nossa forma de estar para que os interesses das grandes potências ocidentais não sejam colocados em causa. Para além disso, as generalizações são perigosas. Demasiado perigosas.
Na net
meetvernon.blogspot.com é o endereço do weblog de um condenado - Vernon Evans - no corredor da morte da cadeia de Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos. O blog foi criado por uma activista da AI e é mantido por esta, já que o condenado não tem acesso à rede. Os comentários dos utilizadores são enviados a Evans pela activista através de correio tradicional.
A execução de Evans está marcada para a próxima semana.
(dica: DN)
A ler II
Na Pública de hoje:
- A redenção de Steve Jobs ou Steve Jobs O novo Big Brother do multimédia
- Palestina pós-eleições
A ler
A manchete do Público sobre o Google. Um excelente trabalho.
3.2.06
A Nova Entidade Reguladora da Comunicação Social em debate na Universidade do Minho
O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho vai receber profissionais dos media, membros das entidades reguladoras e académicos, no próximo dia 10 de Abril (BII, CP2, campus de Gualtar) para debater a nova Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) e, de uma forma mais geral, a acção política e reguladora na esfera mediática.
A iniciativa inicia-se às 9.30 com a conferência inaugural de Augustos Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares com a tutela da Comunicação Social. Na discussão entrarão também Estrela Serrano, Alfredo Maia, Joaquim Fidalgo, Francisco Rui Cádima, Pedro Braumann, Elsa Costa e Silva e Manuela Espírito Santo, entre outros.
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