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28.6.03
 
Media No Público: «Estado português à beira de condecorar ex-agente da PIDE Dois secretários de Estado das Comunidades propuseram a condecoração. O primeiro-ministro, Durão Barroso, encaminhou e a Presidência da República já deu parecer favorável. Agora, para Artur Cabugueira, do Conselho Português das Comunidades (CPC), radicado no Zimbabué e - sabe-se agora - ex-agente da PIDE, ser oficial da Ordem de Mérito só falta sair no "Diário da República" e realizar-se a cerimónia. (...) O agente exerceu as suas funções em Portugal e no Norte de Moçambique. Artur Cabugueira exilou-se em Harare, capital do Zimbabué, após o 25 de Abril de 1974. O ex-agente acabou por tornar-se num próspero empresário na área da exportação de curtumes, mantendo hoje uma posição confortável. É conselheiro desde, pelo menos, 1997. Tornou-se num dos líderes da comunidade e já há alguns anos que é o principal interlocutor entre o Estado português e os emigrantes portugueses naquele país. Foi reeleito em Março de 2003. (...) A Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas, instituição da Presidência da República responsável pela autorização das condecorações do Estado português, fez saber que a proposta de atribuição da grã-cruz da Ordem de Santiago da Espada, a título póstumo, ao poeta moçambicano, José Craveirinha, fora recusada."O Conselho das Antigas Ordens Militares emitiu parecer desfavorável por considerar que a proposta não se encontrava suficientemente fundamentada", lê-se no ofício da Presidência da República enviado ao MNE. (...) A frase "É preciso documentarmo-nos sobre o tipo de funções que exercia, se estamos a falar de um operacional ou de um administrativo." José Cesário, secretário de Estado das Comunidades.» (link)


27.6.03
 
Num táxi... ... na Invicta: - "Boa noite" - "Eh lá! Você é moura!" - "Pois devo ser. Sei lá! Mas reparou só com 'Boa Noite'?!" - "Claro! Topo-vos à distância!" E pronto, foi um silêncio interminável toda a viagem. No fim: - "Ó Mourinha não se aborreceu, pois não?!" Enfim. Este deve ser primo do outro, que anda sempre com os cubanos para cima e para baixo.

 
Novidades Organizei e acrescentei links na coluna à esquerda que, por sinal, ficou longuíssima. Tenho de colocar um menú. Brevemente. Os blogs que já encerram também estão referidos.

 
Debate No Cafeína há um texto que merece atenção - 21+1 pontos para um weblog melhor. O autor (Eduardo J. Sousa) escreve o seguinte: «As discussões sobre o mundo dos weblogs já animaram o Cafeína ainda o fenómeno estava circunscrito a meia-dúzia de portugueses, mas agora este nicho da internet nacional está ao rubro com a pressão exercida pela corporação político-jornalística para dominar e controlar este campo específico da internet, visto como o último bastião dos 'independentes', naquela que é talvez a última batalha por salvar a democracia na internet. Já se adivinha um futuro em que os sites 'do povo' estarão relegados à obscuridade da meia-dúzia de visitas/dia, e em que milhares lêem avidamente os McBlogs de jornalistas e políticos, transformados em novos Marcelos Rebelo de Sousa. A resistência far-se-á pela competência, e assim aqui ficam 21+1 pontos para um weblog melhor». (não incluo as regras porque o texto é longo, mas está mesmo aqui ao lado). Sobre este assunto (ao qual já me referi algumas vezes), gostava apenas de deixar algumas ideias: - a Internet nunca será um meio dominado pelos media. Nunca enquanto o acesso for livre, o que acredito ser muito difícil de reverter. E ainda bem. - há inúmeros weblogs portugueses, de jornalistas, de políticos, de figuras públicas, de "anónimos". Sobre variadíssimos temas. O interesse de cada um é relativo, consoante quem os lê, obviamente. - a obscuridade a que alguns seriam (são ou serão) remetidos referida no texto: não percebo porquê. Quem lê blogs, não o faz apenas porque é de "A" ou "B". A divulgação dos weblogs também não tem de ser feita nos media. Não é porque o blog X não surge nos media que ninguém o lê. Na Internet, as dinâmicas são outras. Muito diferentes dos meios tradicionais. - os "McBlogs": falamos de forma ou de conteúdo? Se a questão é a forma, não vejo qualquer problema. Isto porque, na minha opinião, a forma é discutível nos weblogs. O conteúdo é a essência. E o facto de se utilizarem os meios mais fáceis prende-se com questões de acessibilidade e usabilidade. E outra coisa: os conteúdos são muito relativos. As escolhas devem partir por aí. - a Internet é simultaneamente democrática e tirânica. Por isso, é preciso pensar que a democracia para uns pode ser tirânica para outros. A questão da resistência parece-me, por isso mesmo, sem razão. Resistir do quê? De quem? A blogosfera portuguesa atravessa um momento de mediatismo com o qual é complicado lidar. Os media tradicionais estão a descobrir este fenómeno. Obviamente que são os blogs de figuras públicas ou sobre política que são mais "apetecíveis" para os jornais. Esta descoberta e esta abordagem era inevitável. Criou-se uma espécie de moda, mas também uma maior abertura na opinião pública portuguesa. Ou seja, existem formas de todos se expressarem. Todos sem excepção. E há tendência a criarem-se pequenas comunidades. - a propósito das regras: não interpreto os weblogs como um órgão de comunicação ou algo parecido. Para mim são páginas pessoais, sobre assuntos do interesse do autor. Não acredito em regras neste âmbito, apenas em valores. Assim, claro que concordo com o autor em relação a muitos dos pontos. Mas não me parecem essenciais para a existência de um weblog. A questão da identificação é outra das características da Internet. E isso é algo inultrapassável. O direito de resposta nos weblogs (de que se tem falado nos últimos tempos) é, para mim, um ideal. Mas duvido que esta medida algum dia seja implantada. Neste sentido, os valores individuais são a única regra. - a essência dos weblogs é a liberdade. Daqui advém um inúmero conjunto de escolhas. Individuais. De cada um.

 
Comentários Voltaram! Mexi no HTML, mas duvido que tenha sido esse o motivo. Seja como for, o importante é que está tudo a funcionar normalmente. Por enquanto...

 
Conterrâneo Já fiz aqui referência ao blog Cartas de um Jovem Jornalista. Encontrei-o nos Frescos do Blogo e fui espreitar. Percebi que era de alguém de Coimbra, que estuda jornalismo. O Gustavo Pinheiro é o autor do weblog. E é um amigo com quem perdi o contacto há uns anos. A blogosfera tem destas coisas, engraçadas.

 
Braga, Coimbra Há uma página muito interessante sobre Braga, que descobri no Silhuetas. É o Projecto Braga Tempo. Vivi em Braga durante cinco anos, enquanto estudava na Universidade do Minho. O facto de esta a morar no Porto permite-me visitar a cidade frequentemente, praticamente todos os fins-de-semana. Tenho um carinho especial por Braga e não concebo determinadas atitudes do poder local. A cidade podia (e devia) estar muito mais desenvolvida. A vários níveis. Braga está a ficar uma cidade de betão, sem espaços verdes, menosprezando a cultura. A tristeza que determinadas situações em Braga me provocam, é semelhante à que sinto quando vejo o abandono a que a minha querida Coimbra foi remetida. Sou coimbrinha de gema, orgulhosa de todos os feitos da minha cidade. Mas sou obrigada a reconhecer a estagnação. Por culpa do poder. Local e central. Não há infra-estruturas, investimento, desenvolvimento económico, cultural. Enfim, a diferença entre o início dos anos 90 e hoje é pouco mais do que: um Continente, umas boas dezenas de rotundas, o fecho de quase todos os cafés históricos e a abertura de uns McDonald's, o fim do Teatro Tivoli (para dar lugar à Zara, essa agência cultural), a troca de nome (umas três ou quatro vezes) de uma discoteca, o abandono da Alta, os desmoronamentos de terras devido à falta de fiscalização das construções, a pobre Académica continua pobre e desamparada. Claro que este é o lado negativo, mas o positivo não consegue sobrepôr-se. Espero que o facto de ser Capital Nacional da Cultura ajude a cidade a renascer. Mas até nisso tenho sérias dúvidas. Há pouca divulgação, as "tricas" foram uma constante desde o início... Falta dinamismo na cidade. Os estudantes lá têm as suas vidas, mas a gente da bela Coimbra não pode deixá-la morrer assim. A vida da cidade não são só e apenas as capas negras. São muito mais do que isso. Que se desfaça, de uma vez por todas, a ideia de que Coimbra é a cidade dos estudantes, que nas queimas das fitas lá batem os recordes de cerveja do Guiness. Que se impeça Coimbra de figurar só nos rankings de especulação imobiliária, para passar a fazer parte deste país, como a terceira cidade do país que um dia foi. Que se reavive a Briosa e a sua memória. Que não se deixe a minha Coimbra morrer.

 
Blogs na UM Há algum tempo que tenho reparado que os estudantes de Comunicação Social da Universidade do Minho estão "em força" na blogosfera. Isto deve-se a Manuel Pinto e Sandra Marinho, que os motivaram para tal e criaram um blog para a disciplina de Jornalismo (3º ano) - Aula de Jornalismo. Volta e meia dou uma espreitadela. Ultimamente andam mais parados, provavelmente devido à época de exames. A iniciativa tem todo o mérito. Fico contente por ver o meu antigo curso a modernizar-se, com os alunos interessados e a acompanhar. Brevemente deixo aqui alguns endereços.

 
Blogs Descobri mais uns weblogs a merecer referência: - Cartas de um Jovem Jornalista - de um conterrâneo meu que se assume como "futuro jornalista". - do lado de cá - da Sara Antunes Oliveira, estudante de Comunicação Social na Universidade do Minho. (há mais. Brevemente)


26.6.03
 
Comentários O Blogger está cheio de problemas. Desta vez são os comentários do Blogger que não estão a funcionar correctamente. Os posts que têm comentários marcam sempre 1, embora alguns tenham mais. E isto não sei como resolver... Parece que a solução é esperar. Mas isto já está a ser irritante. Muito mesmo.

 
Concorrência Li no Espigas a existência do site Notícias da Blogosfera. Uma espécie de concorrência do Posto de Escuta, como refere o Nuno Centeio.

 
Teatro Fui passar o feriado de S. João em Braga e aproveitei para ir ver a peça "Algumas Polaróids Explícitas", com texto original do autor norte-americano Mark Ravenhil, no Espaço Alternativo PT. O espectáculo é uma bem conseguida co-produção da Companhia de Teatro de Braga e do Centro Dramático Galego. O grande "senão" é mesmo o espaço, que tem poucas (e péssimas) condições. É inconcebível que Braga não tenha um espaço com condições para acolher teatro (ou outra intervenção cultural). O Teatro Circo está em obras há anos. E isto lembra logo os estranhos acontecimentos na cidade dos arcebispos: um prédio surge em 4/5 meses (às vezes até menos...), um túnel é construído enquanto "o diabo esfrega um olho" e por aí fora. Braga tem falta de infra-estruturas culturais, mas tem vários grupos de trabalho de qualidade. Que são remetidos para segundo plano pela Câmara Municipal. Para uma cidade que ambiciona ser Capital Nacional da Cultura, as infra-estruturas deixam muito a desejar... mas claro, já sabemos que Mesquita Machado vai "desencantar" três ou quatro novos espaços. E colocar, mais uma vez, Braga no mapa. E a cidade vai saber agradecer-lhe, como tem acontecido até hoje. São as chamadas "soluções relâmpago" (ou "o exercício de manter o poder").

 
Na Visão Bem-vindo à blogosfera é a reportagem da Visão sobre o fenómeno dos weblogs. Está neste link. O texto está bem escrito e completo.

 
Blogojornal Há novidades na blogosfera (passando a redundância, já que as há diariamente e em grandes doses). Li no Ponto Media que Carlos Vaz Marques (jornalista da TSF) entrou na blogosfera com Outro, eu. O Jornalismo e Comunicação refere o blog Apolus, de Filipe Alves, um estudante de Comunicação Social da Universidade do Minho. A julgar pelos tempos de que me recordo da faculdade, este blog deve ser um espaço muito interessante.

 
Blogs no Público Vivam os blogues!!! é o título da crónica de Leonete Botelho nas Cantigas de Amigo que escreve no Público. Copy&Paste: «Invejo os "bloggers", hoje especialmente, como os invejo. Não é um sentimento que me assalte com frequência, a inveja, fui habituada a ter pouco e a agradecer muito. A pedir licença e a pedir desculpa. A ouvir muito e a falar pouco (ainda assim há quem ache que falo de mais). Mas hoje invejo os "bloggers" como ninguém. (...) Os "bloggers" são a mais recente e viva expressão dos novos nómadas de luxo, esse novo arquétipo humano do mundo ocidental como os definiu Jacques Attali: são membros da hiperclasse, um grupo social privilegiado pelas suas aquisições culturais que mobilizam esse seu capital e competências de um modo imediato e livre, quase sempre para fins efémeros. Organizam-se em tribos, apesar do individualismo que os caracteriza, mas sem pertencerem a um único grupo, antes juntando os seus estilhaços em improváveis constelações de ideias. (...) Nos seus pequenos territórios envidraçados, tudo pode ser dito sem castigo, tudo pode ser feito sem censura. São uma mistura de "voyeurs" e exibicionistas em estilo "soft", ora penteando-se demoradamente em frente ao espelho, ora despindo-se em suave "striptease", ora espiando-se uns aos outros como querem que os espiem a eles. Para que escreve alguém senão para outro alguém, depois de para si mesmo? Esta crónica, por exemplo, para que serve se não for citada em nenhum blogue nos próximos dias?» (Ainda não li a Visão, mas hoje também saiu um artigo sobre weblogs.)


25.6.03
 
Mediocracias - Assembleia Discute Reestruturação do Audiovisual (via Público) - CDS Quer Comissão para Classificar Programas de Televisão (via Público) - Linguagem especializada pode quebrar audiências (via DE - Pacote televisivo pode ir ao Tribunal Constitucional (via DN)

 
Desafinação Casa da Música: Administração demitida em bloco


23.6.03
 
Mãe, também já tenho um blog É o título do weblog do jornalista e escritor Manuel Jorge Marmelo. O link é este.

 
Cibercultura e Sociedade da Informação Através do Jornalismo e Comunicação fiquei a conhecer dois weblogs muito interessantes. Cibertópicos (usabilidade, webmarketing e cibercultura) e Cidadania na Sociedade da Aprendizagem (Diário da Comunidade "Cidadania na Sociedade da Aprendizagem". Neste espaco acompanhar-se-ão temas da actualidade, incluindo referências (particularmente ciber-referências) que contribuam para um melhor exercício da cibercidadania).

 
O Direito de Resposta II A caixa que acompanha o texto referido no post anterior é muito interessante. Copy&Paste aqui: «Lei de Imprensa e Direito de Resposta em Portugal No caso de adoptar o direito de resposta e rectificação estabelecidos na Lei de Imprensa portuguesa, a que se veriam obrigados os sítios na Web ou os "weblogs"? O artigo 24º daquela lei estabelece que temdireito de resposta nas publicações periódicas qualquer pessoa singular ou colectiva objecto de referências, ainda que indirectas, que possam afectar a sua reputação e boa fama. Estas entidades "têm direito de rectificação nas publicações periódicas sempre que tenham sido feitas referências de facto inverídicas ou erróneas que lhes digam respeito", seja face a textos ou a imagens. Estes direitos consideram-se exercidos quando, com o acordo do interessado, "o periódico tiver corrigido ou esclarecido o texto ou imagem em causa ou lhe tiver facultado outro meio de expor a sua posição" e são independentes de procedimento criminal ou direito a indemnização por danos causados. O direito de resposta e de rectificação devem ser exercidos no período de 30 dias se se tratar de diário ou semanário. O conteúdo da resposta ou rectificação "é limitado pela relação directa e útil com o escrito ou imagem respondidos, não podendo a sua extensão exceder 300 palavras ou a da parte do escrito que a provocou, se for superior, descontando a identificação, a assinatura e as fórmulas de estilo, nem conter expressões desproporcionadamente desprimorosas ou que envolvam responsabilidade criminal" ou eventual responsabilidade civil, que só ao autor podem ser exigidas.» (Texto de Pedro Fonseca no link)

 
O Direito de Resposta I No suplemento Computadores, do jornal Público: Conselho da Europa Quer Resposta Obrigatória nos Meios 'On-line', por Pedro Fonseca. Leitura obrigatória e, pelos vistos, muito necessária.

 
Destaque Os weblogs são esta segunda-feira destaque no jornal Público. A Nova Ágora da Democracia, Ou Quando a Política Chega Àblogosfera é um artigo bem escrito e sem grandes discrepâncias desta realidade. Os blogs "politizados" (SIC) estão em foco. Há 7 pequenos textos sobre weblogs em particular: Pacheco Pereira "perde tempo" com blogues Blogue familiar Primus inter pares Agência de notícias da blogosfera Animal, Statler e Waldrof A esquerda relativa É um blogue português com certeza Em Os Blogues da Discórdia, a jornalista (Maria José Oliveira) explica que: «Fazer uma selecção na blogosfera não é tarefa fácil. O PÚBLICO escolheu, de entre os blogues politizados, sete espaços onde os textos revelam maior consistência. E optou por manter a Coluna Infame, apesar do seu recente desaparecimento. O fecho deste blogue não lhe retira importância nem estanca os seus efeitos, pelo que é legítima a sua inclusão nesta mostra.» Uma referência obrigatória para a Análise de António Granado: Um Fenómeno com Seis Anos. Um texto muito interessante sobre a origem e a evolução deste fenómeno.


22.6.03
 
700 O Blogs em pt já contabiliza 715 weblogs portugueses. Um bom trabalho de Pedro Fonseca e boas notícias na diversidade de "ciberespaços" na blogosfera. O Conversas de Café tenta acompanhar os vários (imensos) weblogs que vão surgindo, o que não é nada fácil. Mais tarde, uma lista actualizada, à esquerda, dos Sítios habituais.

 
Única Na revista do Expresso, na secção Gente, há uma outra referência a weblogs: «Luta de "blogs" Os "blogs" - espaços privilegiados de opinião e polémica - começam a ser de visita obrigatória para quem não quer perder o fio à actualidade. Mas na muito politizada "blogosfera" nacional, onde personaliaddes conhecidas de Esquerda e de Direita se digladiam com galhardia, a Direita ia levando vantagem, graças aos "blog" "A Coluna Infame", criado por João Pereira Coutinho (colunista de "O Independente"), Pedro Mexia e Pedro Lomba. Mas eis que, num dramático "volte face", um dirigente do Bloco de Esquerda conseguiu silenciar "A Coluna Infame". Tudo começou quando Daniel Oliveira, escriba residente do "Blog de Esquerda", catalogou Pereira Coutinho "de extrema-direita". Este, irritado, baixou o nível da conversa, abrindo uma dissensão com os seus colegas de "blog" que acabou por levar ao encerramento do "site". Seguramente satisfeito com a proeza, Daniel Oliveira (que também é assessor de imprensa do Bloco) parace já ter escolhido novo e mais ambiciosa alvo... a abater: o "Abrupto", "blog" pessoal do social-democrata José Pacheco Pereira, agora o "blog" mais brilhante da Direita portuguesa.» Os blogs já aparecem nas "pseudo-colunas sociais", para usar uma definição que alguém, um dia, me deu desta Gente.

 
DNA 2 Os blogs voltam a ser assunto para Rolo Duarte (para quem discorda, tanta importânca vai dando...) na secção Cartas. A do editor diz o seguinte: «Não se esperava outra coisa: a crónica das "Impressões Digitais" da semana passada, sobre a revista Periférica, deu pano para mangas para alimentar uma polémica sobre a revista, sobre o DNA, sobre a imprensa em geral. Até aqui nada de novo. O que talvez possa surpreender, e fazer pensar, é o facto dessa polémica ter passado ao lado do Diário de Notícias e de toda a imprensa. Ela só existiu num espaço limitado e quase "confidencial" que se tornou moda na Internet: o espaço dos "blogues". (...) Pois bem: nos "blogues" nacionais, da própria revista "Periférica" mas também de outros autores que decidiram colocar na net o que, pelos vistos, não tem espaço ou interesse, em meios de comunicação mais clássicos, o DNA tem sido, ao longo da última semana, literalmente arrasado. Da ofensa pessoal sem tom nem som à crítica mais ou menos razoável, passando pela revelação pública da ignorância privada, tem dado para tudo e para todos. O director do DNA é obviamente o primeiro da "lista" - mas toda a equipa tem apanhado por tabela, e até os pombos que habitavam na varanda da Sónia Morais Santos já levaram que contar. (...) Exageros à parte - e se eles abundam nesses "blogues" juvenis... -, temo aqui um novo caminho aberto. Vamos pensar melhor nele e procurar trazer a cultura "bloguista"para as páginas deste caderno. Esperem pela pancada...» Atenção às tricheiras...

 
DNA 1 Pedro Rolo Duarte, este sábado no DNA, faz um autêntico manifesto anti-blog: A blague dos "blogues". Um texto que «destila raiva», para citar o próprio. «(...) Eles não sabem, mas eu vivo, desde há uns meses, ao lado de um "blogger". Um profissional. Um daqueles cuja vida parece organizar-se em torno, à volta, e dependente do seu "blogue". O rapaz é discreto e procura não afectar o seu desempenho no DNA por causa do "blogue", mas assusto-me com a vertigem da sua paixão. Ele chega ao jornal e vai ao "blogue", ele vê a correpondência e pensa no "blogue", ele recebe telefonemas e faz telefonemas por causa dos "blogues", ele lê os jornais a pensar no "blogue". E tenho dúvidas sobre se o nome dele não mudou para José Mário Blogue. Antes, ele chamava-se José Mário Silva. (...) Os "blogues", tal como existem, montado e alimentados por gente que tem acesso aos jornais e à opinião pública - Pedro Mexia, João Pereira Coutinho, Pacheco Pereira, José Mário Silva, entre outros -, constituem para mim uma espécie de "Portugal Fashion" da opinião: eles exibem naquela passerelle electrónica o que não têm lata, ou coragem, ou vontade de "vender" nos jornais onde podem e devem publicar o que pensam - como os estilistas mostram na passerelle o que nunca irão vender. Trata-se, portanto, de um exercício de vaidade pura, de presunção sem pai nem mãe. Não há leitores a escrutinarem aqueles "blogues" nem limites para a verborreia que os autores alimentam - como se não houvesse diferenças entre uma carta pessoal e intrasmissível, uma conversa de café e um artigo de jornal. Vale tudo num "blogue", o que o torna imediatamente irrelevante e indiferente. (...) Ao contrário do Miguel [Esteves Cardoso], eu acho que uma das maiores virtudes da imprensa é o facto de ser finita no espaço e no tempo. Isto obriga a quem escreve, quem edita, quem publica, a escolher - e é na escolha, é nesse acto individual, perigosamente ditatorial, da escolha, da opção, que está a "flor do sal" desta profissão, desta paixão. Nesta medida, quando os profissionais do jornalismo se envolvem em "blogues", estão a negar a essência do seu trabalho e a viciar o jogo da liberdade. (...) Se houvesse leis sobre a matéria e eu pudesse legislar, os "blogues" existiam. mas tinham esta reserva legal: a eles só deveriam ter acesso os que, pelas mais diversas razões, não têm espaço próprio nos meios de comunicação. Ponto final. Nessa medida, fazem sentido os "blogues" de gente anónima e cheia de raiva para destilar como o Ricardo Araújo Pereira ou o Nuno Centeio. » Estes são alguns excertos do referido artigo de Pedro Rolo Duarte (PRD). Claramente contra os blogs, que assume como uma «espinha» "encravada", PRD dispara contra tudo o que mexe na blogosfera. Literalmente. «Um exercício de vaidade pura». Nalguns casos. Se calhar. Até pode ser. E depois? A Internet não é um meio livre?! Não existe livre acesso?! Esta era a que faltava, de facto. E na imprensa não existem estes ditos "exercícios de vaidade pura"? Os blogs deviam ser um exclusivo de quem não tem acesso aos jornais, diz PRD. Dos «anónimos», contra também dispara. E nesses «anónimos», imagine-se (!), está Ricardo Araújo Pereira (RAP) das Produções Fictícias (também blogger do Gato Fedorento). Até Nuno Centeio, do Espigas, é referido por ser, juntamente com RAP, exemplo de «gente anónima e cheia de raiva para destilar». O facto de referir nomes, desde os ditos "anónimos" a pessoas suas conhecidas e, inclusive, colegas de trabalho foi de um extremo mau gosto. Se pretendia provar algum ponto, só aí já perderia toda e qualquer credibilidade. Tudo são opiniões, e mesmo não concordando teria de as aceitar. Mas o texto de Rolo Duarte não tem argumentos coerentes. Nem um único. «Quando os profissionais do jornalismo se envolvem em "blogues", estão a negar a essência do seu trabalho e a viciar o jogo da liberdade». Estou em pleno desacordo. Viciar o jogo da liberdade é limitar o acesso à opinião e restringir os meios de expressão desta. Porque razão há esferas consoante as pessoas e os papéis que desempenham na sociedade? Talvez Rolo Duarte ainda não tenha percebido, mas a blogosfera - aliás, a Internet em si, é um meio sem hierarquias, sem monopólios, de livre expressão. Aqui existe liberdade de expressão. E é acima de tudo por isto que o texto de PRD, ainda para mais sendo jornalista, me confunde. E já agora: os "anónimos" aproveitem para destilar o ódio todo contra PRD, que se fosse legislador deixava estes espaços livres para quem não tem aceso aos jornais. «Isto obriga a quem escreve, quem edita, quem publica, a escolher - e é na escolha, é nesse acto individual, perigosamente ditatorial, da escolha, da opção, que está a "flor do sal" desta profissão, desta paixão»: esta frase deve estar no texto errado. Só uma nota final: o que, afinal, incomoda tanto PRD nos blogs? E na Periférica? A falta de lucidez e sensatez (acima de tudo) das Impressões Digitais das duas últimas semanas é evidente. Crítica gratuita numa linguagem rude e agressiva. E acho que não fui só eu a reparar.


21.6.03
 
Vai e Vem 2 A propósito do post colocado abaixo, sobre o último filme de César Monteiro, há um comentário (autor: tchernignobyl) que pede uma explicação sobre a minha crítica ao produtor Paulo Branco. Pois bem. Cá fica: desde a morte do realizador é vê-lo a desdobrar-se em entrevistas, programas de televisão, e tudo o mais que pela frente lhe apareça. O homem da Madragoa Filmes (que reconheço ser um bom produtor) tem usado e abusado da imagem de César Monteiro. Apresenta-se como o salvador do realizador no âmbito do cinema. Tem tentado ganhar protagonismo com isso. E eu até acho que não precisava.

 
Via email Chegou-nos, via email, a informação de um novo weblog: Beco das Imagens, dedicado à Banda Desenhada e à Ilustração. Num dos primeiros posts Lê-se: «Aqui se desenha o início de uma aventura: registar num blog todas as informações que nos pareçam interessantes no mundo da Banda Desenhada e da Ilustração. Aproveitamos o segundo mês do Salão Lisboa para dar início ao projecto que há já uns tempos vimos pensando.». As autoras são Sara Figueiredo Costa e Sílvia Moldes. Um link a anotar. Bem vindas!

 
No cinema Estreou ontem Vai e Vem, filme póstumo de João César Monteiro. Ainda não tive oportunidade de o ver, mas está na lista de prioridades. Os filme de César Monteiro revelam um entendimento da realidade num mundo inteligentemente concebido. Os ícones do quotidiano e a religião estiveram sempre presentes. Provocação e obsessão marcaram a sua obra e a sua vida pública. César Monteiro criou uma personagem, enquanto pessoa pública, e alimentou-a, com todas (e quantas) as polémicas envolventes. Com requintes de genialidade. Pena é que o reconhecimento só tenha chegado a título póstumo (que novidade, que novidade). Só um desabafo: a atitude de Paulo Branco começa a incomodar. Aproveitar a morte de Monteiro para promoção pessoal é feio. Muito feio.

 
Weblog Flor de Obsessão é o novo weblog de Pedro Lomba, ex-Coluna Infame. E o que «dava um post», referido no "Escrita em Dia" na Antena 1, deu mesmo. Ainda bem! «REGENERAÇÃO: Há dias, preparava-me para atravessar a estrada e o Zezé Beleza abrandou o carro para eu passar. Eu não sou um conservador típico. O Homem é mau mas regenera-se. // posted by Pedro @ 6/21/2003» (A coluna à esquerda vai sofrer alterações brevemente. Há vários links novos a incluir e uma organização a fazer)

 
Leituras indispensáveis - As Notas Políticas - Estado da Nação, estado dos media, Vicente Jorge Silva no DE. - O habitual Ponto Media, de António Granado no Público.

 
RTP 3 Objecto de desejo, opinião de Judite de Sousa no JN. No Jornalismo e Comunicação há uma chamada de atenção e uma boa observação. Copy&Paste: «E, a propósito, Judite de Sousa, constato que todas as posições oriundas da RTP, até hoje lidas e escutadas sobre este caso, foram todas de pura auto-justificação. Nunca um sinal, por mínimo que fosse, de valorização ou reconhecimento da validade de um argumento ou de um bocadinho de um argumento. E não foram poucas as vozes que se fizeram ouvir. Devem ser todas desses intelectuais que não compreendem a natureza do meio televisivo.» (Manuel Pinto)

 
RTP 2 Jornalista da RTP acusa Fino de plágio (DN) 20 Junho «Carlos Fino está no centro de uma nova polémica na RTP. Desta vez a propósito de um conjunto de reportagens que começará a elaborar ainda este mês sobre o próximo alargamento da União Europeia (UE), previsto para 2004. Dois jornalistas da mesma estação queixam-se de terem sido ultrapassados neste processo, alegando que a ideia original fora deles. E um destes jornalistas _ Carlos Santos Pereira _ admite mesmo tratar-se de uma situação de «plágio» e de «apropriação fraudulenta de propriedade intelectual alheia».» Acusações supreendem Carlos Fino (DN) 21 Junho «Carlos Fino manifestou-se ontem surpreendido com o teor das acusações de «plágio» formuladas pelo seu colega Carlos Santos Pereira e que incidem sobre um conjunto de reportagens nos países do alargamento da União Europeia, como o DN revelou na sua edição de ontem. «Este não é o meu projecto, mas um projecto da RTP», declarou Fino, que neste momento se encontra na Letónia. «Só estou encarregue», frisou, «da primeira fase desta iniciativa, que abrange os primeiros quatro países que irão entrar para a UE. As outras duas fases poderão ser feitas por mim ou por outros jornalistas da RTP. Será a direcção de informação a decidir.»»

 
RTP (1) e serviço público Sobre a cobertura da RTP do caso Felgueiras: ainda não me tinha referido ao assunto, pelo que aproveito para o fazer. Considero grave a forma como tudo foi realizado. Seria normal se tal se tivesse passado (e passou) noutros canais televisivos. Mas esses são privados. A RTP é uma estação televisiva de serviço público e, como tal, tem determinadas obrigações. Há limites que não se podem ultrapassar. A lógica desenfreada das audiências não pode ser o mote da 5 de Outubro. Passando a redundância, o serviço público deixaria de fazer lógica. Diz a direcção da Informação da RTP que «não existe jornalismo público». Concordo. Mas existem canais privados e serviço público, ou não? Rodrigues dos Santos fala em «bom e mau jornalismo». Pois então, e seguindo estas classificações, a RTP prestou um péssimo serviço. Foi mau. Mau jornalismo. Tem de haver rigor no serviço público. Não defendo as teses conservadoras de uma RTP para minorias culturais. (mas atenção: tendo o canal 2 um público específico, admitindo-se até uma minoria cultural, considero que deve permanecer. A cada canal o seu serviço público) Enquanto estação estatal tem obrigação de ser a televisão de uma maioria, com a sua heterogenia característica. Entendo que a entrada de Emídio Rangel na RTP modificou a estação. Para melhor. Muito melhor. A sua saída foi marcada por questões complexas, que considero que fogem às divulgadas oficialmente. As linhas que a RTP tem vindo a seguir, sobretudo a nível informativo, têm sido francamente melhores do que as dos últimos anos. Parecia que o desnorte, causado pelo aparecimento das privadas e a tentativa cega de hegemonia de Eduardo Moniz à frente do canal, tinham passado. Sem Rangel mas com Nuno Santos e uma série de bons jornalistas e excelentes profissionais de audiovisual (a maioria já lá estava desde sempre). Mas não. Vieram alguns, evocar um estatuto superior (do qual discordo em absoluto) e explicar que é assim mesmo. E assim mesmo, meus amigos, não saimos da "cepa torta". Em relação ao facto do ministro Morais Sarmento ter comentado a prestação da RTP e, inclusivé contactado a direcção de Informação, considero que se tratou de uma "precipitação" absolutamente intolerável. Censura não; auto-cesura também não. Serviço público. Só isso, por favor. Miguel Gaspar escreveu noO Independente uma frase relevante: «durante os 14 minutos e dez segundos em que disse o que lhe apeteceu, Fátima Felgueiras foi a directora de Informação da TVI, da SIC e da RTP». E nós, espectadores, assistimos ao circo.

 
Independências sobre o serviço público O Independente faz da "Limpeza Total" a sua machete. O semanário afirma que a auditoria realizada aos recursos humanos da RTP «abre a porta de saída da empresa a mais de 40 por cento dos trabalhadores». O jornal garante que «são muitas as antigas estrelas da estação pública que, depois desta auditoria, têm guia de marcha quase garantida». José Manuel Barata-Feyo, Dina Aguiar, Rui Tovar, Fernanda Mestrinho, Nicolau de Melo e Hernâni Carvalho são nomes avançados pelo O Independente. De acordo com o jornal, no ano de 2002 a RTP gastou 22 milhões de euros na redução de pessoal. Este valor foi gasto em indemnizações a trabalhadores que, voluntariamente, rescidiram o contrato com a estação de televisão. Até ao momento, 517 trabalhadores já saíram do canal. O Independente afirma que ainda são necessários mais duas centenas de rescisões para a RTP ter os 1600 funcionários pretendidos. «Num mundo perfeito, para a administração da empresa a RTP teria 1450 trabalhadores em 2005», escreve o jornal. A auditoria foi realizada com base num universo de 1227 funcionários. Em baixo, o quadro publicado pelo O Independente.


19.6.03
 
Blogonews - Dicionário do Diabo é o nome do novo weblog de Pedro Mexia (ex-Coluna Infame), anunciou o próprio no programa "Escrita em Dia", de Francisco José Viegas na Antena 1 (link RDP. Pedro Lomba (igualmente um ex-Infame) garantiu que em breve também terá o seu blog. - O "Escrita em Dia" teve como convidados José Mário Silva (Blog de Esquerda), Pedro Mexia (Dicionário do Diabo), Pedro Lomba (ex-Coluna Infame) e Nuno Costa Santos (membro do recente blog Desejo Casar. Francisco José Viegas conduziu uma conversa sobre weblogs. E daqui surgiu a Blogoreportagem de Pedro Fonseca, no ContraFactos & Argumentos. Está aqui e vale a pena ler. Um óptimo trabalho. - A crónica de Pacheco Pereira no Público de hoje é sobre weblogs. Espelho Meu, Espelho Meu é um artigo bem escrito e coerente sobre o fenómeno dos weblogs, não caindo nas habituais redundâncias. Uma boa leitura. - Pedro Norton, na Visão, elogia a Coluna Infame. A crónica intitulada "A direita que pensa" refere que «por mais incrível que pareça (e seguramente parecerá a muita gente), existe afinal uma direita para além das touradas e do populismo saltitante do Dr. Portas ou da Nova Democracia». Há ainda uma outra pequena referência a weblogs na Visão, na secção "A Ferver", de Miguel Moreira. Uma pequena caixa, com o título Até blog!, diz que «quem quiser realmente estar em cima dos acontecimentos e conviver com uma comunidade informada e divertida tem agora uma boa maneira. Basta criar um weblog (ou blog, espécie de diário publicado online e com os mais variados objectivos. Há blogs políticos, literários, de trivialidades ou que espelham simplesmente os gostos dos seus criadores. (...) ». O texto refere os weblogs Abrupto e Textos de Contracapa. - Através do Alunagem fiquei a saber de um outro site sobre blogs. No Blogues lê-se: «Este é o novíssimo Blogues, um apontador de Blogues escritos em língua portuguesa. O seu objectivo é a criação dum apontador que não discrimine ninguém, mas que promova a igualdade e a fraternidade entre toda a comunidade blogueira lusófona. Neste momento, o Blogues ainda se encontra na sua fase inicial de construção. Pedimos desde já a vossa paciência e compreensão. A seu tempo as coisas irão surgindo.»


18.6.03
 
Notas Só três apontamentos ainda sobre weblogs: - em relação ao encerramento dos blogs: o que referi num post anterior sobre os autores apagarem os weblogs quando decidem encerrá-los foi refutado por algumas pessoas. Compreendo os argumentos. No entanto, continuo a considerar que não é natural apagar as páginas. Isto porque me parece que seria mais produtivo deixar os arquivos para que os utilizadores a eles possam aceder. Com um post a dar conta do encerramento do espaço. Mas é óbvio que os weblogs são página pessoais, que podem ser modificadas e apagadas quando os autores assim o entenderem. A única coisa que sugiro ser mais pertinente, dadas as dinâmicas que os weblogs geram, é permitir o acesso apesar do fim da actividade. O facto de existir uma partilha num meio que não é efémero (ainda que o possam ser os weblogs, como tantas outras iniciativas), na minha opinião, permite que os documentos perdurem. E isso, para mim, é uma mais valia. Só isso. - no post sobre weblogs refiro-me ao fenómeno enquanto comunicação e interacção. Debruçando-me mais sobre as possibilidades de comunidades debaterem ideias. Claro que existem weblogs com vertentes mais pessoais, não deixando um espaço tão aberto à discussão. Mas nunca deixam de ser formas de comunicação. Aliás, a comunicação não tem que ter necessariamente receptores activos. A interacção é uma características dos weblogs. Mas a livre comunicação e o acesso são ainda mais importantes. No primeiro plano, talvez a usabilidade. Do emissor e do receptor, claro. E estes três pontos são unânimes em todos os weblogs, tenham eles que especificidades tiverem. - recentemente perguntaram-me qual a utilidade dos comentários neste weblog. Isso para mim é algo inquestionável. Considero que o Conversas de Café, tal qual o pensei, não faria qualquer sentido sem comentários. Por vezes existem algo desnecessários, insultuosos. Claro que sim. Aliás, o próprio online até pode incentivar isso mesmo. Ainda assim, parece-me muitíssimo importante que se mantenham. Sejam eles a contra-argumentar o que aqui escrevinho, a dar novas ideias, a reflectir sobre o que seja. São sempre relevantes. Mas esta ideia não é uma opinião generalizada. Compreendo que vários bloggers prefiram não ter comentários no seu site. Os emails são também uma forma de interacção. Isto se for esse o objectivo do blog. A escolha de inserir sistemas de feedback nos weblogs é pessoal. No caso deste em particular, não o imagino sem comentários. Porque o pensei numa perspectiva em que a base é a troca de ideias no imediato. (pois, porque este weblog continua apenas com um autor activo. O outro "cúmplice" ameaçou com um post mas não regressou. Continuamos à espera!)

 
Má língua

Bartoon, in Público, 15 Junho 2003

Bartoon, in Público, 16 Junho 2003

 
Mediocracias (depois de dois dias em falta, retomo o ritmo normal) - Sarmento Reclama Direito do Governo a Manifestar-se Sobre Trabalho da RTP (via Público) - Tribunal de Apelo mantém condenação de jornalista franco-marroquino (via Público) - Crónicas de de Rui Pêgo em livro (via Público) - Rabat confirma prisão de Lmrabet (via DN) - Conselho de Opinião da RTP desconhece contas da empresa (via DE) - SIC estreia campanha internacional contra abuso de menores (via DE) - Escândalo no NYT adia planos de expansão (via DE) - NTV muda de nome em Outubro (via Diário Digital) - RTP considera «normais» críticas do Governo a entrevista a Felgueiras (via Diário Digital) - RTP lança dois canais temáticos no início do Outono (via Diário Digital) - Soldado Jessica Lynch convidada pela CBS para apresentadora (via Diário Digital) - Taxa da RTP incluída na conta da luz (via Diário Digital) - Dívida da RTP atinge 1,3 mil milhões de euros em 2002 (via Diário Digital) - Estado poderá assumir 145 milhões de euros do passivo da RTP (via Diário Digital)

 
Blogs em dia na Antena 1 Copy&Paste do Aviz: «BLOGS NA RÁDIO. Amanhã, quarta, à meia-noite, no «Escrita em Dia» (Antena 1), quatro bloguistas: Nuno Costa Santos, Pedro Mexia, Pedro Lomba e José Mário Silva – para falar de blogs, naturalmente. O Mexia e o Lomba vão anunciar os seus novos blogs, depois do desaparecimento da Coluna Infame.»

 
+ weblogs Descobri hoje que Francisco José Viegas tem um weblog. Chama-se Aviz e está neste link. Entretanto, a propósito dos comentários inseridos no post anterior, também fiquei a conhecer o 100 Nada. O (a) autor (a) discordou do meu ponto de vista e explicou as razões no seu weblog. Afinal, não é para isso que servem os blogs? Para debater ideias? Vale a pena ler a contra-argumentação que o 100 Nada faz. Continuo a manter a minha opinião, mas acho importante que quem discorda apresente argumentos estruturados e coerentes. Foi o que aconteceu. Link.


17.6.03
 
Nota (s) sobre weblogs Apenas uma(s) breve(s) nota(s) sobre blogs. Nem tanto para retomar o assunto do (longo) post, mas sempre necessariamente relacionado com o fenómeno. Já aqui dei conta de alguns dos blogs que terminaram e, nas leituras blogistas, lá me vou apercebendo que há mais. O que é natural. O que já não me parece natural é o que autores os apaguem. Mas isso é só a minha opinião. (brevemente as colunas à esquerda vão ser reajustadas. Nessa altura vou incluir novos Sítios habituais do Conversas.)

 
RTP e Felgueiras A Direcção de Informação da RTP não aceita as críticas a propósito da cobertura do Caso Felgueiras. Sobre este assunto: - Directores de Informação da RTP Irritados com Caso Felgueiras - «Não há jornalismo público» Pontos de vista relevantes: - O pseudo-evento, Estrela Serrano no DN - Manuel Pinto no Jornalismo e Comunicação Pretendo abordar esta questão quando tiver mais tempo disponível. Espero que brevemente.

 
Apontamentos para uma abordagem da Blogosfera Tenho lido em vários blogs algumas considerações sobre o fenómeno, sobre a blogosfera. O momento parece-me pertinente. Aqui ficam algumas notas opinativas sobre o assunto. - o weblog enquanto meio de comunicação emergente: isto é algo que me parece indiscutível. Aliás, o próprio online, na sua plenitude, é um meio de comunicação em evolução. Os weblogs, independentemente da sua vertente e área de interesse, têm um importante papel na comunicação e, de forma crescente, até nos próprios media. Em Portugal temos vindo a assistir a esse fenómeno. Recorde-se o editorial de um dos mais importantes diários portugueses sobre o final de um blog. O meio em si é privilegiado. O sincronismo do weblog permite uma interactividade absolutamente inigualável. O acesso é outra das questões que pouco se tem falado. Mas a acessibilidade e a usabilidade (facilidade de utilização) dos weblogs são, na minha opinião, duas das principais motivações à adesão a este mundo, além da óbvia interacção. Mas os weblogs são muito mais do que o meio, enquanto canal de comunicação - entenda-se. A comunidade que a eles aderem, os utilizadores activos e passivos, é um fenómeno muitíssimo interessante (mais à frente, abordarei o assunto). O impacto da blogosfera no sistema de comunicação vigente é naturalmente brutal. Mesmo que ainda não tenha esboçado contornos muito definidos. Mas sem dúvida que é. A livre troca de opinião de público "anónimo" (na sua maioria) chama a atenção dos outros meios. A possibilidade das reacções imediatas ultrapassa a definição da "mera" crónica. Aconteceu. Comenta-se. In extremis, discute-se. Debate-se. São ideias novas/velhas. E às quais "todos" (obviamente que ainda falamos de acesso limitado no sentido físico, ao contrário do livre acesso no meio a que me referi acima) podem aceder. Há interactividade. É uma nova comunidade que transfere o quotidiano para um novo meio - o virtual. E esse meio não tem monopólios (ainda), nem tão pouco hierarquias. É livre. A especificidade dos weblogs enquanto meio de comunicação/difusão em franca expansão será, em última análise, essa. E claro, existe o factor "novidade". Estaremos a falar de uma evolução constante e permanente ou de um boom que depressa esmorecerá? - a comunidade: uma das características interessantes da blogosfera é a(s) comunidade(s) que cria. Há utilizadores activos e passivos que, por algum motivo específico, aderem aos weblogs. Os grupos que se criam e as dinâmicas que estes geram são um interessante fenómeno. E daqui se inferem outras especificidades da blogosfera: a agregação e a heterogeneidade. Vejamos: temos utilizadores heterogéneos mas que, por alguma motivação comum, acabam por se agregar numa comunidade que tenha um interesse específico numa determinada área. A partilha de informação e o debate de ideias, seja ele de que nível, é conseguido a um nível amplo e de igual para igual - através do virtual. As distâncias físicas são ultrapassadas. Mas, sobretudo, são as distâncias de outros níveis que se desvanecem. É, novamente, a questão da acessibilidade. Mas, acima de tudo, a interactividade é, na minha opinião, a base das comunidades na blogosfera. Seja através de sistemas de comentários, de email ou de outro tipo, os utilizadores podem estabelecer comunicação sobre determinado assunto. Os blogistas não são alheios aos estímulos do real, e transpõem-nos para o virtual. Também não são isentos de vícios, mas é-lhes permitido criar a sua própria identidade. Daí que haja quem assuma a sua verdadeira identidade, e quem prefira o anonimato que o meio incentiva. Sobre esta questão, considero que depende da consciência de cada um, ainda que me parece pertinente utilizar a identificação, como seria normal em qualquer outro meio. Ainda assim, o anonimato é outra das especificidades deste meio de difusão. Mas a propósito das comunidades geradas pelos weblogs, há outra reflexão importante: para quem escrevem os blogistas? Quem é o público dos weblogs? Escrevemos para os amigos, para uma comunidade fechada? Na minha opinião, a noção de comunidade está e estará sempre implícita no fenómeno da blogosfera. A questão está em saber se estamos perante grupos fechados e elitistas ou se, pelo contrário, são agregados abertos a toda a comunidade (geral). Considero que é inevitável que exista um círculo de pessoas em redor de cada weblog. Por também assim o acontece com os jornais (entenda-se a leve comparação). Ou seja, penso que existe um público/audiência relativamente "fiel". Muito por isso, talvez possa parecer um círculo mais fechado. Mas, por outro lado, note-se que essa agregação, quase "filtro", que os weblogs permitem gera esse tipo de controvérsias. Em género de conclusão, diria que os públicos dos weblogs são um fenómeno tão complicado de análise como as próprias comunidades de blogistas. O grupo de pessoas que intervém, passiva e activamente na blogosfera, é uma realidade muito complexa. E aí o meio distorce todas os esboços de análise. Porque é uma realidade. Mas virtual. - notas finais: muito há para dizer/escrever sobre o assunto. Estes apontamentos são apenas uma tentativa de reflectir sobre a questão. A expansão dos weblogs vai, com toda a certeza, modificar o fenómeno. Mas haverá sempre alguns tópicos indissociáveis: abstracto / imediatismo / agregação / heterogeneidade / interactividade / comunidade / acessibilidade / usabilidade

 
Direito de BlogoResposta «ESTÁ CITADO por todo o lado e vale mesmo a pena discutir o texto da CNet.com sobre as regras do direito de resposta em preparação no Conselho da Europa, que afectarão também os weblogs: Why Europe still doesn't get the Internet. "The all-but-final proposal draft says that Internet news organizations, individual Web sites, moderated mailing lists and even Web logs (or "blogs"), must offer a "right of reply" to those who have been criticized by a person or organization. With clinical precision, the council's bureaucracy had decided exactly what would be required. Some excerpts from its proposal: • "The reply should be made publicly available in a prominent place for a period of time (that) is at least equal to the period of time during which the contested information was publicly available, but, in any case, no less than for 24 hours." • Hyperlinking to a reply is acceptable. "It may be considered sufficient to publish (the reply) or make available a link to it" from the spot of the original mention. • "So long as the contested information is available online, the reply should be attached to it, for example through a clearly visible link." • Long replies are fine. "There should be flexibility regarding the length of the reply, since there are (fewer) capacity limits for content than (there are) in off-line media."» NOTA: Copy&paste do Ponto Media de António Granado Vale a pena reflectir.

 
Igual a si próprio Fala, fala e não diz nada. Quem é? Delgado himself, quem mais? Link.

 
Assustador É no mínimo como se pode considerar um estudo que dá conta de que «mais de 35 por cento dos solos do território continental podem ficar desertificados. No Dia Mundial de Combate à Desertificação, a comunidade científica alerta para esta ameaça. Notícia completa aqui.

 
Blogs Mais dois weblogs em pt interessantes: O Projecto (Ideias totalmente avulsas sobre arquitectura e cidade(s)) e Contacorrente (balanço e razão de Portugal). Vamos ficar atentos. Uma pequena nota para o Contracorrente: vamos cobrar esse descontinho na papelada de IRS! :)


15.6.03
 
Contagem decrescente... ... para o Euro 2004. A TSF Online disponibiliza um completo dossier sobre o assunto. Neste link.

 
De novo Felgueiras, e a RTP Li no Jornalismo e Comunicação a cópia do email que Manuel Pinto enviou à direcção de Informação da Rádio Televisão Portuguesa. Concordo em absoluto. A ler. Aqui.

 
100 O Blogo está atento à blogosfera há 100 dias. Obrigado.

 
Leituras - TV Conservadora, Precisa-se, Mário Mesquita in Público. - 'Silly season' começou mais cedo, Armando Rafael in DN.

 
Tomar Partido num blog Jorge Ferreira, do (novo) partido Nova Democracia, aderiu aos weblogs com Tomar Partido.

 
Mediocracias de fim-de-semana - "Warblogs" Interpelam "Medias" Convencionais (via Público) - Microsoft Lança "Software" para TV Digital Básica (via Público) - Uso da TV para Identificar Suspeitos É Consensual (via Público) - "Correio do Ribatejo" Uma Viagem no Tempo (via Público) - Mudanças afastam leitores (via DN) - Dez novas correcções a artigos de Blair (via DN) - Jornalista marroquino em greve de fome há 39 dias corre risco de vida (via Diário Digital) - Jornalistas lusos na II Guerra do Golfo homenageados segunda-feira (via Diário Digital) - Fátima Felgeiras: Sarmento contra cobertura da RTP (via Diário Digital) - Accionista da Cabovisão faz acordo para aumento de capital: Cofina atenta ao negócio (via Diário Digital) - Exército israelita detém dois operadores de câmara palestinianos (via Diário Digital)


14.6.03
 
DNA Os blogues é o tema das crónicas dos "amigos, amigos..." Miguel Esteves Cardoso e Carlos Quevedo no DNA, suplemento do DN, deste sábado.

 
Blogosfera Há um novo blog a merecer destaque. Blog Clipping faz uma compilação das notícias que vêm saindo na imprensa sobre weblogs. (na coluna à esquerda)

 
Finalmente O problema dos carácteres está finalmente resolvido. A questão é que não conseguia aceder a nada da área de administração deste weblog, a não ser à dos posts. De repente, voltou tudo ao normal. Lá consegui aceder e modificar o "encoding". Finalmente. Mas sem explicação.


13.6.03
 
Artigo sobre blogs Li no Ponto Media que a edição de Maio da revista Meios tem um artigo sobre weblogs. O link está aqui

 
Livros Na mesa de cabeceira: Equador, Miguel Sousa Tavares Morreste-me, José Luís Peixoto Até ao Fim, Vergílio Ferreira Encantada Coimbra: Colectânea de Poesia Sobre Coimbra Zaziba e o Rei, (autor desconhecido) A Incerteza dos Tempos, Mário Soares (entrevista a Mário Bettencourt Resendes) Do 11 de Setembro à Crise do Iraque, Diogo Freitas do Amaral Adobe Premiere 6, Mónica Freitas Em breve de volta para a mesa de cabeceira: Baía dos Tigres, Pedro Rosa Mendes (pela terceira vez) A Estação das Chuvas, José Eduardo Agualusa (pela terceira vez) Boas leituras à Diana, com O Ano em que Zumbi Tomou o Rio, de Agualusa.

 
Leituras Com algum atraso, cá fica: Os Chatos na coluna Crer para Ver, no jornal Público, assinada por Joaquim Fidalgo.

 
Pérola Fátima Felgueiras vai criar site para se defender dos «inimigos», in Diário Digital

 
Mediocracias - Escândalo do 'Times' Instiga Leitores a Denunciar Erros (via Público) - Prémio Pulitzer de 1932 Pode Ser Retirado ao "New York Times" (via Público) - Voz da SIC "sondada" para a RTP (via Público) - TSF Tem Novo Director Geral (via Público) - O 'show' televisivo de Fátima Felgueiras (via DN) - Prémio Gazeta de 2002 foram já anunciados (via DN) - Portal dos Jornalistas reformulado (via DE) - Entretenimento derrota "novela" Fátima Felgueiras (via DE) - New York Times descobre mais falsos artigos de Jayson Blair (via Diário Digital) - João Lopes assume direcção-geral da TSF (via Diário Digital) - Cabovisão consegue nova extensão de linha de crédito (via Diário Digital) - TVI transmite final da Taça de Portugal (via Diário Digital) - Sport TV estreia «Conversas de Fim de Época» (via Diário Digital)

 
Espigas O weblog de Nuno Centeio mudou de endereço e regressou ao template antigo. Agora está em http://www.espigas2k3.blogger.com.br/. Assim que possível, o link será modificado na coluna da esquerda.

 
Ainda Fátima As blogoférias coincidiram com a mensagem de Fátima. Não vi o famoso directo, apenas retalhos. Li e ouvi as críticas à postura da televisão pública e dos restantes órgãos de comunicação social. Considero que seria inevitável que tal acontecesse. Isto porque o circo já estava montado e refira-se que muitos foram os que o aproveitaram. Agora a encenação teria de ir até ao final. E foi. E ainda bem que eu não vi. Em relação às declarações de Fátima Felgueiras: nada a dizer. Não fiquei chocada porque já nada pode chocar relativamente ao Caso Felgueiras. «Sou a primeira exilada de um país que se diz democrata há 29 anos. Peço que me deixem provar a minha inocência e provar a verdade», disse Fátima. Eu tenho uma opinião um pouco diferente. Acho que Felgueiras é apenas mais uma de um conjunto que tem vindo a exilar a democracia portuguesa, denegrindo-a. Mas estas são só ideias minhas.

 
Mil Folhas Por lapso ainda não referi aqui as Ciberescritas de Isabel Coutinho no Mil Folhas de 7 de Junho. Os weblogs voltaram a merecer destaque. Aqui.

 
Blogger O novo Blogger já está a funcionar. Pelo menos a administração do Conversas de Café já está com o novo sistema. Simplesmente ainda h? algumas (graves) falhas: não consigo aceder ao código HTML, só e apenas à área de edição dos posts. Assim sendo, não consigo resolver o problema dos carácteres. As nossas desculpas aos leitores do Conversas. Espero que isto passe rapidamente.

 
Blogosfera no Público José Manuel Fernandes assina hoje um editorial no Público sobre o fim da Coluna Infame: « O Fim da "Coluna" A "Coluna Infame" acabou. A blogosfera está mais pobre. E o país também - mesmo que a maioria nunca tenha ouvido falar nem da "Coluna", nem da blogosfera. (...) Para os que não conhecem, a blogosfera é um dos mais recentes e interessantes fóruns de debate democrático. Preenchem-na páginas pessoais ou colectivas, criadas na Internet, onde se trocam ideias, informações e sugestões à velocidade própria da net, isto é, em tempo real (para os interessados, ver http://blogo.no.sapo.pt ). Na blogosfera portuguesa a "Coluna Infame" era uma referência fundadora, quer por ser um dos primeiros espaços de debate político desse universo virtual, quer por ser animada por intelectuais de direita. Estas duas qualidades são importantes. Na verdade, a blogosfera é a mais vibrante das expressões modernas da Ágora ateniense, esse espaço público onde os cidadãos se encontravam para discutir os assuntos que a todos diziam respeito. A blogosfera é mais democrática, mais aberta, mais plural, mais interessante e mais rica do que os espaços de debate da maioria dos meios de comunicação tradicionais, mesmo os famosos fóruns de discussão radiofónicos (para não falar dos talk-shows televisivos). Na blogosfera reage-se à actualidade em cima da actualidade, e o comentário (ou "post") colocado num blog gera quase de imediato uma cascata de reacções.» (link)


12.6.03
 
3 em 1 - Mediocracias em atraso - Som Mais Alto dos Anúncios na TV Pode Afastar Telespectadores (via Público) - Crianças Britânicas Preferem Programas para Adultos (via Público) - Revistas para Consumidores com Nova Imagem Gráfica (via Público) - Jornalistas Italianos Hoje em Greve (via Público) - Repórter do Missouri Despedido por Plágio (via Público) - Jornais de Todo o Mundo Enfrentam Quebras nas Vendas e nas Receitas Publicitárias (via Público) - Conrad Black 'Versus' Robert Fisk (via Público) - Estratégia para Combater a Crise na Imprensa Passa pela "Valorização da Marca" (via Público) - 150 Jornalistas Continuam Presos em Todo o Mundo (via Público) - Greve no Grupo (via Público) - Jornais perdem circulação (via DN) - Cobertura da guerra do Iraque no centro da discussão (via DN) - Jornais paralisam num protesto contra Berlusconi (via DN) - 'NYT' pode ver Pulitzer revogado (via DN) - Acesso à Internet dispara no primeiro trimestre de 2003 (via DE) - Viacom: ‘Uma empresa que vale a pena ter debaixo de olho’ (via DE) (dificuldades em aceder ao arquivo do DE impedem a publicação das mediocracias de 11 de Junho) - Bibliotecas nos EUA estão a destruir registos dos leitores (via Diário Digital) - Imprensa italiana em greve (via Diário Digital) - Pulitzer pode retirar prémio a jornalista que enalteceu Estaline (via Diário Digital) - Empresa espanhola Europroducciones vai estabelecer-se Portugal (via Diário Digital)


11.6.03
 
Blogoférias Por motivos absolutamente alheios a este weblog (mas não à sua autora, escreva-se), o Conversas de Café vai parar neste 11 de Junho. Amanhã regressamos com as Mediocracias 3 em 1 (terça, quarta e quinta-feira), as impressões digitais desta blogosfera em português, a mensagem de Fátima (hoje às 20h00, num televisor perto de si) e tudo o mais que para este blog surgir como relevante. Entretanto e como habitualmente: sugestões e críticas directamente via email.


10.6.03
 
Contra O Futuro O Contra-Informação fez sete anos. Hoje, às 22h15 na RTP «o Contra-Informação teve acesso ao futuro e responde a todas as dúvidas com aventura, humor, suspense e realidade virtual». (mais informações aqui)

 
Blogosfera A blogosfera portuguesa está em crise. A Coluna Infame encerrou. O Bicho Escala Estantes também decidiu fechar a porta. A Paragem de Autocarro, subitamente, desapareceu. A República das Bananas está parada desde Maio. O Conversas de Café começou a 31 de Março. Não foi a primeira experiência que tive com blogs. E já os lia há algum tempo. No início, portugueses só mesmo o Ponto Media, o Jornalismo e Comunicação e a Gata das Pantufas. Entretanto, a blogosfera foi crescendo. Hoje há imensos bloggers portugueses. Há discussão de ideias. Há cultura, política, comunicação. É com pena que assisto ao fim dos weblogs acima referidos. Concordando ou discordando das suas ideias, a verdade é que gosto de os ler. Eram pontos de vista amplos, em várias áreas, que enriqueciam a blogosfera. Será a crise dos weblogs? Espero que não. Eu quero continuar a ler todos os que figuram na coluna à esquerda. E, se possível, mais alguns.


9.6.03
 
Mediocracias - BBC Acusada de Invadir Privacidade dos Seus Trabalhadores (via Público) - Demissões no "New York Times" Reacendem Debate Sobre Plágio no Jornalismo (via Público) - Reportagem da ONU sobre Timor distinguida pelo World Report (via Público) - PriceWatherhouseCoopers vai auditar prestação de serviço público pela RTP (via Público) - Do Jornalismo Militante ao Jornalismo Moldado pelo Mercado (via Público) - Novos Desafios à Deontologia (via Público) - Mais Instruídos, Jovens e Femininos (via Público) - Carlos Fino Diz Que Não Está "Emprateleirado" (via Público) - AMI Premeia jornalismo contra a indiferença (via Público) - Imprensa mundial reunida em Dublin (via Público) - Direitos das Olimpíadas Podem Chegar Aos Dois Mil Milhões de Dólares (via Público) - TV árabes criam estação internacional e agência de notícias (via Público) - TF1 pode adquirir 10% da KirchMedia (via Público) - Crise nos media chega à 'Folha de São Paulo' (via DN) - Tribunal adia decisão sobre Ali Lmrabet (via DN) - RTP procura solução para 'problema' Fino (via DN) - Emissão da APR assinala Dia de Portugal (via DE) - TF1 quer comprar 10% do grupoKirchMedia (via DE) - Televisões digitais protestam contra preços da Retevisión (via DE) - RTP quer manter receitas de publicidade (via DE) - Reportagem sobre Timor vence prémio da CNN World Report (via Diário Digital) - NBC ganha direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de 2010 e 2012 (via Diário Digital) - Jornalistas de antena da RTP vão assegurar site e teletexto (via Diário Digital) - TV Globo assegura transmissão da GNT na TV Cabo em Portugal (via Diário Digital) - Emigrantes impossibilitados de verem Marchas Populares na TV (via Diário Digital)

 
Conversas em atraso Depois de dois dias de interregno, as Conversas de Café estão de regresso. A emissão segue dentro de momentos.


6.6.03
 
Blogs radicais Ainda não fiz referência ao facto de o programa Curto-Circuito, na SIC Radical, passar a ter uma rúbrica semanal sobre weblogs. Parece que esta semana já se falou de blogs, segundo li no Fórum WeblogsPT (neste tópico). Tenho pena de não ter oportunidade de ver. Espero que haja ecos do assunto pela blogosfera portuguesa.

 
Hackers e Pedofilia A pedofilia está, tristemente, a tornar-se um lugar comum neste país. Este título Judiciária Investiga Tentativa de Extorsão Que Envolve ANF não deixa suspeitar o incrível da notícia. Aqui fica um pequeno copy&paste: «A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar uma tentativa de extorsão informática de um milhão de euros, que envolve a Associação Nacional das Farmácias (ANF). Os "hackers" dizem que se este valor não for pago publicarão num site dados sobre alegadas práticas pedófilas de elementos da associação. A queixa foi apresentada na passada segunda-feira na PJ em nome individual pelo responsável pela comunicação da ANF, Luís Paixão Martins. A tentativa de extorsão foi feita para o e-mail pessoal deste colaborador em nome de uma entidade desconhecida, a Loja Regular Católica Portuguesa (LRCP), que exige que este lhe pague um milhão de euros. Os "hackers" afirmam que se esse valor não for depositado será divulgado, na quarta-feira, num site da Internet registado em nome de grão-mestre da LRCP, um comunicado denunciando práticas pedófilas por parte de alguns membros da ANF, que seria assinado em nome de um dos responsáveis da associação das farmácias. Os "hackers" garantem igualmente que o comunicado será divulgado aos meios de comunicação social.» O resto da notícia está aqui.

 
Leituras - A Mentira, de Miguel Sousa Tavares - O Ataque de Berlusconi Aos Jornalistas, de Mário Mesquita

 
Vírus Não é a atípica, mas atipicamente o meu email do trabalho está a ser bombardeado com vírus há dois dias. Com os subjects até minimamente credíveis, tenho recebido às dezenas de emails "carregadinhos" de vírus (dizem-me os informáticos). E hoje comecei a receber com remetentes que até me costumam enviar mensagens. Simplesmente, deve ser alguma espécie de clone porque não são essas pessoas que me estão a enviar emails, e nem mesmo os endereços electrónicos coincidem. Infelizmente, nem os meus endereços do Hotmail escapam. Também já recebi uns emails doentes. O que vale é que aqui é em menor proporção. Raios partam os vírus.

 
Mediocracias - Directores do "New York Times" demitem-se (via Público) - RTP dispensa jornalistas da área multimédia (via Público) - Cofina lança revista de sociedade (via Público) - Jornalista brasileira assassinada (via Público) - Clientes de TV por cabo já são 1,28 milhões (via Público) - AP 'contorna' exclusivo adquirido pela 'Time' (via DN) - Howell Raines demite-se da direcção do 'NYT' (via DN) - Estados Unidos: Senado trava novas regras (via DN) - Editor-executivo do NY Times demite-se (via Diário Digital) - Associação de Jornalistas critica divulgação de escutas telefónicas (via Diário Digital) - RTP vai dispensar jornalistas da área multimédia no final do mês (via Diário Digital) - Time recua na publicação das memórias de Hillary Clinton (via DE) - Governo espanhol adia Lei da Rádio e Televisão (via DE)

 
Blogs O Blogo tem umas inovações. Já espreitaram? Uma referência também merecida ao Blogs em pt, que já cataloga quase 600 weblogs! O Fórum WeblogsPT também está com uma actividade intensa e tem vindo, gradualmente, a aumentar o número de membros. E claro, o indispensável Bloco de Notas, que nos dá conta, diariamente, dos últimos weblogs actualizados nesta imensa rede que é a blogosfera. O Posto de Escuta mantém-se como um ponto obrigatório. A todas as pessoas que mantém estes serviços, aqui ficam os meus agradecimentos. Retomando um assunto que se arrisca quase a ficar antigo: o site que estou a preparar sobre weblogs. Já tenho bastante material, mas quero contar com as participações de todos. De tutoriais a links, passando por recortes de notícias e mesmo textos de opinião. Interessados via email, por favor.

 
De novo Lourenço Medeiros O Director Editorial da SIC Online retoma o assunto do anominato versus identidade na Internet. O artigo Para além do Bem e do Mal está aqui.

 
Edite sem Estrela A ex-autarca arrisca-se a ter de responder em Tribunal por suspeita de crimes de "abuso de poder" e de "violação do dever de imparcialidade e neutralidade". O Tribunal de Sintra já levou à Assembleia da República o pedido de levantamento da imunidade parlamentar. Cabe agora à Comissão Parlamentar de Ética emitir um parecer. De seguida, a comissão deve agendar a discussão do assunto em plenário, que ratificará ou não a decisão. Agora, os factos: as acusações remontam a 2001, durante a campanha eleitoral autárquica. Edite Estrela, alegadamente, usou meios da autarquia para fazer propaganda às autárquicas. As queixas ao Ministério Público foram apresentadas pela CDU e pela coligação PSD/CDS-PP. Uma investigação do jornal Público em Março de 2002 dá conta de que a revista "Sim, Sintra", que saía quatro vezes por ano em cada trimestre, em Dezembro de 2001 teve um quinto número e com uma tiragem muito superior (100 mil exemplares). A fotografia de Edite Estrela que aparecia nos cartazes da campanha surgia também no editorial da referida revista, que foi distribuída por correio aos munícipes e juntamente com o jornal Expresso e o Correio da Manhã. Também um folhetim enviado aos cidadãos de Sintra fazia propaganda política, apresentando um balanço de mandato e respondendo a algumas críticas de outros candidatos. Os crimes: o crime de "abuso de poder" está previsto no Código Penal (inserido nos "crimes cometidos no exercício de funções públicas") e é punido com pena até três anos de prisão ou com multa. O Código Penal considera que comete crime de "abuso de poder" «o funcionário que abusar de poderes ou violar deveres inerentes às suas funções, com intenção de obter, para si ou para terceiro, benefício ilegítimo ou causar prejuízo a outra pessoa». Edite Estrela já garantiu que não vai fugir às suas responsabilidades.


5.6.03
 
Más previsões Neste Dia Mundial do Ambiente, os dados revelados pela ONU são inquietantes. Link: Metade da população mundial terá falta de água potável em 2028

 
A mensagem de Fátima Felgueiras para Felgueiras. Vai ser assim no dia 11 de Junho (dia especial para mim e não digo porquê). Fátima Felgueiras vai dar uma conferência de imprensa para explicar por que é que fugiu para o Brasil. O advogado da ex-autarca não disse o local, mas a hora é certinha: 20h00 em Lisboa. Porque será?!

 
Leituras Indispensável: Quertões de Ética, de Eduardo Prado Coelho.

 
Blog Só hoje descobri este weblog - Sixhat Agridoce. Vai directo para os Sítios, numa das colunas à esquerda.

 
Sophia Ainda não referi aqui que Sophia de Mello Breyner foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia de poesia Iberoamericana. A poetisa portuguesa foi homenageada com um galardão que visa distinguir o conjunto do trabalho de um autor ainda vivo, tendo em conta o seu valor para a humanidade. Relembre-se que, no ano passado, a Associação Portuguesa de Escritores escolheu por unanimidade Sophia de Mello Breyner como candidata portuguesa ao Prémio Nobel. O mundo de Sophia está aqui.

 
Mediocracias - Jornais e Escolas de Jornalismo Reagem Aos Escândalos no "New York Times" (via Público) - Congresso dos EUA Protesta Contra Maior Liberalização dos "Media" (via Público) - Compra da KirchMedia por Haim Saban fracassou (via Público) - Jornalista palestiniano dirige al-Jazira (via Público) - Bertoli desmente pressões de Berlusconi (via DN) - Novo acordo garante espaço religioso na RTP (via DN) - Nova revista da Cofina promete gerar polémica (via Diário Digital) - Fundador da Endemol abandona gestão da empresa (via Diário Digital) - Mandala lança Canal H em exclusivo para a cadeia de hotéis (via Diário Digital) - Novo acordo garante espaço religioso na RTP (via Diário Digital) - Uma em cada quatro casas portuguesas têm TV por cabo (via Diário Digital) - Cofina lança revista com nome recusado (via DE) - Televisão: Espanha quer impulsionar TDT (via DE) - Crise da banca alastra à Reuters (via DE) - Televisão: "Contra" em aniversário futurista (via DE)


4.6.03
 
A ler O País do Desassossego, por Eduardo Prado Coelho.

 
Para os lisboetas Quem estiver em Lisboa e tiver disponibilidade, aproveite para ir ao Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz ver mais uma sessão de É a Cultura, Estúpido!. O que é? O ZMS já explicou e eu (mais uma vez!) faço copy&paste: «uma espécie de happening cultural organizado pelas Produções Fictícias e oferecido (literalmente: a entrada é gratuita) à população de Lisboa e arredores. Desta vez, para além das rubricas do costume (crítica de livros, debate e stand up comedy), escolhemos um tema que está na ordem do dia – e não, nada tem a ver com juizes em t-shirt. O tema, como de resto já anunciáramos noutro post, é a própria blogosfera, esta "coisa" assombrosa que nos acicata os dotes literários e nos rouba o sono. Na mesa, em vez de um único entrevistado, quatro bloggers de várias tendências: Mariana Vieira da Silva, do País Relativo (esquerda); Nuno Miguel Guedes, do Tradução Simultânea (direita); Marta Almeida, do Janela Indiscreta (cultural); e Tiago Cavaco, a Voz do Deserto (religioso atípico de tom aforístico). A moderar, as always, Anabela Mota Ribeiro.» És às 18h30. E já agora: uma visita à Invicta também era simpático, ou não?!

 
Zona NON

uma visita sempre agradável

 
Portugal no "The Independent" Porquê? Por causa do caso Casa Pia, claro está. Party chief called to testify in Lisbon child sex scandal é o título do artigo. O resto está aqui. Refira-se que na Alemanha o caso também já foi motivo de reportagem, na RTL. Nos Estados Unidos, a Time também fez uma referência ao assunto.

 
Agenda Setting Ferro Rodrigues ouvido no DIAP. João Soares no Tribunal de Monsanto, como testemunha no caso "Moderna". Cimeira na Jordânia junta Bush, Abbas e Sharon para discutirem o processo de paz no Médio Oriente. Fernando Santos no Sporting. Choque de comboios em Espanha devido a erro humano. Crianças no Hospital São João com adenovírus em estado grave. Presidente da Comissão Parlamentar de Ética, Jorge Lacão, considera que os deputados em prisão preventiva deve continuar a actividade parlamentar, suspendendo a decisão judicial nas sessões. Listas de espera na saúde. Hoje não vou ver o telejornal. Será este o alinhamento? (não necessariamente por esta ordem) Desconfio que sim. Só não sei é quais os fait-divers que vão inventar hoje.

 

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